quinta-feira, 17 de abril de 2008

O famoso mixidinho da Filomena do King's Bar: quem comeu lembra que era gostoso até falar que chega.

O famoso mixidinho da Filomena do King's Bar: quem comeu lembra que era gostoso até falar que chega. E hoje tem 1 gostinho de saudade que dá uma fome
A Comida preferida e mais fácil no final de noite:
os estudantes Raulsoarenses na década de 60 e 70 que moravam em Belo Horizonte, e que aprenderam a fazer o famoso mixido, faziam o maior sucesso. E por sua vez os amigos de várias outras cidades que aprenderam a fazer o tal do famoso mixidinho, levaram para um montão de cidades do Brasil. E nas muitas cidades também, é conhecido como o Mixidinho da Filomena. E o interessante, também, fazem sempre questão de dizer que aprenderam com os estudantes de Raul.
Tem uma meia dúzia de estudantes Raulsoarenses, que nas repúblicas de madrugada, conseguiram fazer mal ou fizeram muito bem para muitas moças de família - tudo por causa dos mixidinhos da Filomena. E para quem não sabe, esse simples e gostoso mixidinho já foi premiado no festival gastrômico em Comidas de buteco no Rio de Janeiro, e ninguém menos que o Chico Buarque e Martinho da Vila estavam no júri. Tá pensando o quê...Salve salve filomena, a criola bacana que não gostava de ser chamada de Filó.
Então vamos lá meu irmão:
Originalmente, o feijão é cozido em uma panela de ferro, e só depois, acrescente o arroz de preferência frio, e mistura e coloca para esquentar. O processo todo não demora muito tempo para fazer o famoso Mixido ou o famoso mixidão da Filomena irmã do Onofre, dos saudosos e do Restaurante king's Bar. Era gostoso até falar que chega...
Os Raulsoarenses só de lembrar ficam com uma fome danada.
Mixido da Filomena
Rende: 2 porções
Tempo de preparo: 20 minutos
Receita:
Ingredientes:
2 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa de alho amassado
4 ovos de preferência caipira
250 gramas de carne de porco ( de preferência, pernil quarto traseiro)
100 gramas de feijão carioquinha cozido
1/2 maço de couve picada
250 gramas de arroz cozido (arroz dormido ou que sobrou do almoço)
Preparo:
Em uma panela qualquer,mas se tiver de barro melhor ainda, aqueça o óleo e doure o alho. Mexendo sempre (fogo baixo) adicione os ovos para fritá-los mais ou menos bem, e depois retira-os da panela; e depois fritar bem a carne de porco, e a cebola de cabeça para fritar um pouco. Coloca quase toda a gordura para escorrer... E aproveitando a crosta deixada pela carne frita coloque o feijão sem o caldo, lavado, e um pouquinho de gordura e sal com o alho frito; e por último coloque o tomate e, só depois o arroz soltinho um pouquinho ao dente, e a couve cortada fina se por acaso quiser, e no final, a cebolinha de folha cortada fininha é obrigatório.

É mais do que importante ser servido soltando uma fumacinha que seja de leve...Tudo isso tem que ser muito bem acompanhado da farinha torrada do Moinho Santo Antônio.
Estava-me esquecendo: se você não gosta de um caldinho de pimenta para acompanhar, ou amassar uma pimenta, desde já, está proibido de comer deste saboroso mixinho da Filomena.
O Senhor Edward Leão nosso poeta e intelectual maior - era chegado no mixidinho da Filomena, talvez seja por isso que o Senhor Moreno Leão e os seus filhos Alexandre e Luciano, também, adoram o famoso mixidinho.
_Variações: Hoje, abriga ingredientes diferentes, dependendo da região, da oferta de alimentos, das preferências do cozinheiro e do gosto do freguês. Na Paraíba, chama-se rubacão. Em Alagoas, arrumadinho. Há quem adote temperos diferentes, troque a cebola por pimentão, sirva a carne-de-sol como acompanhamento, junto com paçoca e pirão. Apesar da variabilidade, tudo é um mixido ou um um mixidão ou um baião-de-dois... É um prato que é comum no Brasil e agora, também, no exterior. Centenas de restaurantes, bares ou barracas de feiras oferecem versões diversas cotidianamente, entre outras receitas típicas. Alguns são sofisticados, do ponto de vista formal, embora a qualidade da comida nem sempre acompanhe o caprichoso visual. Outros se destacam pelo sabor de seus pratos, atraindo gente de tudo quanto é canto, credo, cor, poder aquisitivo e profissão.
_Por exemplo: em São Paulo no fomoso Restaurante D.O.M do cozinheiro Alex Atala, os arquitetos Rodrigo Torres acompanhado da querida esposa Andrea Zerppeto pagaram por um mixidinho praticamente igual, a quantia de 100 reais. E eu não duvido nada que a receita é a nossa, ou melhor, da Filomena irmã do Onofre do Kings Bar. E vejamos, é um dos pratos dos famosos, que mais têm saída. Principalmente a galera que gosta de muito samba e os artistas e os publicitários, pessoal do cinema e por aí vai...
Essa escultura bonita e muito bem feita é para homenagear a influência das mulheres negras Raulsoarenses na nossa culinária. Graças a Deus por todas essas senhoras guerreiras...

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